Dinâmica Multissensorial na ETEC do Guarujá.

Os alunos do Curso de Turismo Receptivo, nesta ultima “quarta-feira” tiveram uma aula diferenciada na disciplina “Geografia Aplicada ao Turismo Regional” base tecnológica “A paisagem e o espaço geográfico como recurso turístico”. Isto ocorreu dentro dos limites da escola em ambiente prazeroso (a sobra de uma árvore/ jambo vermelho), situação oportuna que amenizou o calor do dia.

Nesta dinâmica foi aplicada aos alunos, propiciando experiência sobre os 5 (cincos) sentidos humanos dentro do turismo e assim obter melhor entendimento sobre acessibilidade e sistemas sensoriais percebendo o nosso corpo e todo o ambiente à nossa volta. As experiências e vivências multissensoriais são “alimento” para o cérebro, que tem a função de organizar as sensações do próprio corpo e do mundo. Essa pratica envolveu todos alunos como personagens ativos (4 equipes) composta: turista deficiente, guia de turismo, observador da dupla e publico p/analise e questionamento.

A paisagem e muito mais do que elementos que apreendemos com os nossos olhos. É também o espaço que percebemos utilizando os demais sentidos: o tato, o olfato, o paladar e a audição. Assim podemos capacitar nossos alunos para uma melhor compreensão sobre os “nichos de mercado” no turismo com um diferencial de profissionalismo e humanização.

Prof. Responsável: Douglas Azevedo

Parecer dos alunos (1T):

Luciane M. A Santos

• Achei muito interessante essa inclusão do deficiente visual ligado ao turismo. Hoje mesmo conversei com o pai de uma moça (cega) e perguntei se ela já fez alguma trilha, e ele disse que não. Então acho que foi muito importante o trabalho no pátio da escola, uma experiência onde pude analisar erros e acertos entre os guias (alunos). Isso é bom para que possamos nos preparar melhor para receber, não só o deficiente visual como todos os outros deficientes. E também ter uma base de como poder cobrar as autoridades competentes sobre a acessibilidade da nossa cidade. Adorei a experiência e acho também que, deveria ter cursos gratuitos tantos de Libras como Braile em nossa cidade.

Maria Eduarda Santos L. Oliveira

• Com a aula de ontem, pude expandir meus horizontes sobre ser guia, e da grande responsabilidade, até o mínimo erro pode levar a algo desastroso. Pude perceber que existe varias outras formas de guiar e “mostra” um local. Não tinha ideia que uma excursão para uma pessoa com deficiência visual seria tão prazerosa, quanto a de alguém que enxergar perfeitamente. Sentir o local de maneira diferente, tocando nas plantas (sentindo a textura), sentindo o aroma de cada uma delas e o ambiente em si, relembra de algo enquanto está comendo (planta) cheirando ou escutando algo no local.

Moises N. Oliveira

• Foi à experiência com o turismo que mais me tocou, fazer uma pessoa olhar com os meus olhos e guiar ela fazendo sentir cheiros e as folhas com tato. Por um minuto dessa experiência, descuidei e quase machuquei minha turista, mais isso serviu de aprendizado, sempre devemos tomar cuidado e não se distrair. Eu sei que ainda terei muitas experiências com o turismo na minha carreira, mas toda vez que irei me lembrar dessa experiência com muito carinho, o dia que uma colega de classe, confiou a visão dela a mim e viu através dos meus olhos.

Naywre Silva Melo Martins

• A atividade ao ar livre proposta pelo professor Douglas, me trouxe o conhecimento de como guiar uma pessoa com deficiência visual e ao mesmo tempo em que me fez enxergar de outro modo como o trabalho de um guia de turismo é importante para com a área na qual ele trabalha. A grande proposta de guiar um deficiente visual e faze-lo se conectar e sentir a natureza me fez mudar o jeito que eu encarava o turismo. Todas as pessoas merecem respeito e a boa vontade de alguém para poder mostrar-lhes o que há ao redor, seja no turismo ou fora dele.

Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual. (Pierre Lecomte Du Nouy)